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Antônio Raposo Tavares

Posted on quinta-feira, 12 de março de 2015 by Vovó Sabe Tudo


Antônio Raposo Tavares era filho de Fernão Vieira Tavares, capitão-mor de São Vicente. Nasceu em Portugal, na localidade de São Miguel de Beja, no ano de 1.598.

Sua bandeira foi a maior organizada naquela época. Compunha-se de 200 homens brancos e 300 índios tupis. Partiu em agosto de 1628 de São Vicente e mais tarde de São Paulo, caminhando pelas matas e atravessando o Rio Paranapanema. Antes expulsou o fidalgo espanhol D. Rui Dias Melgarejo, das terras que hoje constituem o Estado do Paraná. Marchou, a seguir, com sua bandeira, para o sul de Mato Grosso, onde destruiu Santiago de Xeres; a seguir, voltou para São Paulo, trazendo grande quantidade de índios para trabalharem nas lavouras. Foi o maior caçador de índios da sua época.

Em 1633, foi nomeado juiz; mais tarde, recebeu o título de Ouvidor. Organizou nova bandeira, que chegou até o Amazonas e Peru.

Em 1651, chegou à foz do Rio Mar.Com menos de 60 homens brancos e alguns índios. Por essa época, sentindo-se já cansado, procurou levar uma vida mais tranquila, junto com sua família, morrendo sete anos mais tarde, ou seja, em 1.658, em sua fazenda em Barueri, no estado de São Paulo.

Raposo Tavares, segundo consta, esteve durante 25 anos no sertão.

Todos os nomes do Brasil

Posted on by Vovó Sabe Tudo


Nosso país teve oito nomes antes de receber o nome de Brasil:
  • Pindorama (nome dado pelos indígenas);
  • Ilha de Vera Cruz, em 1500;
  • Terra Nova em 1501;
  • Terra dos Papagaios, em 1501;
  • Terra de Vera Cruz, em 1503;
  • Terra de Santa Cruz, em 1503;
  • Terra Santa Cruz do Brasil, em 1505;
  • Terra do Brasil, em 1505;
  • Brasil, desde 1527.
Por que Brasil? Nossa terra tem este nome graças à grande quantidade de uma árvore, chamada popularmente de pau-brasil, da qual se extraía uma resina de cor vermelha, cor de brasa, que era usada para tingir tecidos.

Dia 03 de maio é o dia do Pau-Brasil!

Bandeirismo

Posted on domingo, 8 de março de 2015 by Vovó Sabe Tudo




Uma breve explicação sobre entradas e bandeiras:

ENTRADAS: Expedições oficiais que penetravam pelo interior do país com a finalidade de explorar a terra e escravizar os indígenas.
A primeira entrada foi comandada por Américo Vespúcio em 1504 e a última por Agostinho Barbalho Bezerra, em 1667.
As entradas tinham as seguintes finalidades:
1.       Reconhecer o sertão;
2.       Caçar os índios a fim de escraviza-los;
3.       Descobrir minas de ouro, prata, pedras preciosas.

As entradas eram, às vezes, organizadas pelo Governo.

BANDEIRAS: As bandeiras eram organizadas por brasileiros, principalmente paulistas, que entravam pelo sertão, corriam o Brasil de norte a sul, de leste a oeste, em busca de ouro, pedras preciosas e também para escravizar os indígenas.

As expedições que penetravam nos sertões, chamavam-se bandeiras, porque levavam como símbolo uma bandeira.

A maior parte das bandeiras partiam de São Paulo e de outros lugares vizinhos como Taubaté, Itu, Sorocaba, Porto Feliz.

Participavam das bandeiras:
    Os capitães, que eram os chefes;
b       Os guias, bons conhecedores das matas;
         Índios mansos;
         Negros;
         Padres;
f       Mulheres e crianças.

Algumas bandeiras eram formadas por centenas de pessoas e demoravam, às vezes, anos no sertão.

Quando os alimentos acabavam, os bandeirantes acampavam, plantavam e, enquanto esperavam a colheita, exploravam a região. Assim, foram surgindo as primeiras povoações.

Os bandeirantes vestiam roupas de couro, calçavam botas altas, usavam como armas o arbabuz (espingarda com cano aberto), escopeta (espingarda curta), a espada, facões  de abrir mato, levavam instrumentos agrícolas, etc.

Os bandeirantes trouxeram muitos benefícios ao interior do país. Além da descoberta das minas de ouro, prata e pedras preciosas, deu-se o povoamento do sertão, foram abertos novos caminhos e muitos rios foram explorados.

Se o Brasil hoje é um país extenso, uma grande parte foi conquistada pelos bandeirantes.

As bandeiras eram de dois tipos: de caça ao índio e de mineração.

As bandeiras de caça ao índio dedicavam-se a aprisionar os índios para escraviza-los na lavoura. Os principais bandeirantes caçadores de índios foram: Antônio Raposo Tavares, Manoel Preto, Bartolomeu Bueno da Silva, Domingos Jorge Velho, Matias Cardoso de Almeida, Amador Bueno e outros.

As bandeiras de mineração tinham por fim procurar riquezas minerais, ouro, diamantes, etc. Essas bandeiras dirigiram-se primeiro pelos rios Tietê e Paraíba, subiram a Serra da Mantiqueira e atingiram o vale do Rio São Francisco (Minas Gerais) e ali encontraram ouro. Mais tarde, outras minas foram descobertas em Mato Grosso e Goiás. Os principais bandeirantes de mineração foram:  Fernão Dias Paes Leme, o caçador de esmeraldas, Bartolomeu Bueno da Silva, a quem os índios apelidaram de Anhanguera, que quer dizer “diabo velho”, “feiticeiro”, Antônio Raposo Tavares, Pascoal Moreira Cabral e outros.

A Lenda do Diamante

Posted on by Vovó Sabe Tudo





Antes, muito antes do ano de 1500, o Brasil chamava-se Pindorama e vivia à sombra de mil palmeiras.

Foi nessa época, que o índio Oiti, valente entre os mais valentes, se despediu de Potira, sua esposa, e desceu o rio para dar combate a uma tribo inimiga. Doze luas passaram-se sem que o moço guerreiro voltasse.

Antes, muito antes do ano de 1500, o Brasil chamava-se Pindorama e vivia à sombra de mil palmeiras.

Foi nessa época, que o índio Oiti, valente entre os mais valentes, se despediu de Potira, sua esposa, e desceu o rio para dar combate a uma tribo inimiga. Doze luas passaram-se sem que o moço guerreiro voltasse.

A linda Potira permaneceu sempre à beira do rio, com o olhar perdido no horizonte infinito, à espera do seu esposo.

E quando lhe veio a certeza de que não o veria mais, Potira chorou de saudades. Suas lágrimas misturaram-se com a areia da praia e Tupã transformou-as em diamantes. E aí está a origem dessa pedra preciosa: proveio das lágrimas de amor.

Anita não foi a única paixão de Garibaldi

Posted on quinta-feira, 27 de março de 2008 by Vovó Sabe Tudo




Anita não foi a única paixão de Garibaldi. Antes, amou Manuela Ferreira, sobrinha de Bento Gonçalves. A família se opôs ao romance porque ele era apenas um aventureiro. Manuela nunca se casou. Voltou para a casa dos pais, em Pelotas, e lá morreu em idade avançada. Vestia-se sempre de branco. Era conhecida como "a noiva de Garibaldi".

Carta do Mestre João Faras

Posted on by Vovó Sabe Tudo

"Senhor: O bacharel mestre João, físico e cirurgião de Vossa Alteza, beijo vossas reais mãos.

Senhor: porque, de tudo o cá passado, largamente escreveram a Vossa Alteza, assim Aires Correia como todos os outros, somente escreverei sobre dois pontos. Senhor: ontem, segunda-feira, que foram 27 de abril, descemos em terra, eu e o piloto do capitão-mor e o piloto de Sancho de Tovar; tomamos a altura do sol ao meio-dia e achamos 56 graus, e a sombra era setentrional, pelo que, segundo as regras do astrolábio, julgamos estar afastados da equinocial por 17°, e ter por conseguinte a altura do pólo antártico em 17°, segundo é manifesto na esfera. E isto é quanto a um dos pontos, pelo que saberá Vossa Alteza que todos os pilotos vão tanto adiante de mim, que Pero Escolar vai adiante 150 léguas, e outros mais, e outros menos, mas quem diz a verdade não se pode certificar até que em boa hora cheguemos ao cabo de Boa Esperança e ali saberemos quem vai mais certo, se eles com a carta, ou eu com a carta e o astrolábio. Quanto, Senhor, ao sítio desta terra, mande Vossa Alteza trazer um mapa-múndi que tem Pero Vaz Bisagudo e por aí poderá ver Vossa Alteza o sítio desta terra; mas aquele mapa-múndi não certifica se esta terra é habitada ou não; é mapa dos antigos e ali achará Vossa Alteza escrita também a Mina. Ontem quase entendemos por acenos que esta era ilha, e que eram quatro, e que doutra ilha vêm aqui almadias a pelejar com eles e os levam cativos.

Quanto, Senhor, ao outro ponto, saberá Vossa Alteza que, acerca das estrelas, eu tenho trabalhado o que tenho podido, mas não muito, por causa de uma perna que tenho muito mal, que de uma coçadura se me fez uma chaga maior que a palma da mão; e também por causa de este navio ser muito pequeno e estar muito carregado, que não há lugar para coisa nenhuma.

Somente mando a Vossa Alteza como estão situadas as estrelas do (sul), mas em que grau está cada uma não o pude saber, antes me parece ser impossível, no mar, tomar-se altura de nenhuma estrela, porque eu trabalhei muito nisso e, por pouco que o navio balance, se erram quatro ou cinco graus, de modo que se não pode fazer, senão em terra. E quase outro tanto digo das tábuas da Índia, que se não podem tomar com elas senão com muitíssimo trabalho, que, se Vossa Alteza soubesse como desconcertavam todos nas polegadas, riria disto mais que do astrolábio; porque desde Lisboa até às Canárias desconcertavam uns dos outros em muitas polegadas, que uns diziam, mais que outros, três e quatro polegadas, e outro tanto desde as Canárias até às ilhas de Cabo Verde, e isto, tendo todos cuidados que o tomar fosse a uma mesma hora; de modo que mais julgavam quantas polegadas eram, pela quantidade do caminho que lhes parecia terem andado, que não o caminho pelas polegadas. Tornando, Senhor, ao propósito, estas Guardas nunca se escondem, antes sempre andam ao derredor sobre o horizonte, e ainda estou em dúvida que não sei qual de aquelas duas mais baixas seja o pólo antártico; e estas estrelas, principalmente as da Cruz, são grandes quase como as do Carro; e a estrela do pólo antártico, ou Sul, é pequena como a da Norte e muito clara, e a estrela que está em cima de toda a Cruz é muito pequena. Não quero alargar mais, para não importunar a Vossa Alteza, salvo que fico rogando a Nosso Senhor Jesus Cristo que a vida e estado de Vossa Alteza acrescente como Vossa Alteza deseja. Feita em Vera Cruz no primeiro de maio de 1500. Para o mar, melhor é dirigir-se pela altura do sol, que não por nenhuma estrela; e melhor com astrolábio, que não com quadrante nem com outro nenhum instrumento. Do criado de Vossa Alteza e vosso leal servidor.

Sobre a Carta do Mestre João Faras

Posted on by Vovó Sabe Tudo


Um dos mais célebres documentos de nossa História é a Carta de Pero Vaz de Caminha endereçada ao Rei de Portugal, Dom Manuel (o Venturoso). Batizada pelo historiador brasileiro Capistrano de Abreu como a Certidão de Nascimento do Brasil, a prolixa e luxuriante postagem de Caminha, iniciada aos 25 de abril e concluída no dia de maio de 1500, ficou perdida por quase três séculos, até ser redescoberta, em 19 de fevereiro de 1773, por José Seabra da Silva, guarda-mor do Arquivo da Torre do Tombo, em Lisboa.

A missiva original só veio a público, com seu teor integral, em 1853, pois, numa edição anterior, de 1817, o padre Manuel Aires do Casal, responsável pela publicação, decidiu mutilar o documento histórico, censurando "trechos menos conformes com o decoro".

Uma carta bem menos conhecida, no entanto, a de Mestre João, cientista que acompanhava a expedição de Pedro Álvares Cabral, tem um valor inestimável para o esclarecimento da verdadeira paternidade do achamento do Brasil. Corresponde, por assim dizer, a uma espécie de exame de DNA, indicando que há 99% de probabilidade de Cabral não ser o legítimo pai da criança.

Este crucial documento, arquivado na mesma Torre do Tombo, em Portugal, foi ali encontrado por um dos maiores historiadores brasileiros, Francisco Adolfo de Varnhagen, que o publicou pela primeira vez em 1834.

Lendo a carta de Mestre João, fica evidente que a descoberta do Brasil não foi casual, e é anterior aos 22 de abril de 1500.