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Maria Quitéria

Posted on domingo, 9 de março de 2008 by Vovó Sabe Tudo

Maria Quitéria de Jesus Medeiros nasceu em 1792, no Sítio Licurizeiro, Paróquia de São José das Itapororocas, hoje Distrito de Maria Quitéria (Feira de Santana-Bahia). Seu pai foi Gonçalo Alves de Almeida Medeiros e sua mãe Quitéria Maria de Jesus, ambos portugueses. Ficou órfã de mãe aos 10 anos de idade. Desde menina cuidava dos trabalhos na fazenda de seu pai, zelando dos animais: bois, cavalos, ovelhas, aves, etc.

No ano de 1822, quando D. Pedro I deu o grito de "Independência ou Morte" da nossa Pátria, vários emissários baianos saíram de Cachoeira e Salvador, percorrendo diversas localidades do sertão, aconselhando os sertanejos a lutarem em favor da Independência. Na fazenda Serra da Agulha, o emissário explicou ao senhor Gonçalo o motivo de sua visita. Entre outros assuntos falou sobre a morte da religiosa Joana Angélica, que foi assassinada por um soldado português no Convento da Lapa, em Salvador.

Maria Quitéria desejou ir para os campos de batalha, cuidar dos feridos e lutar pela independência da Bahia. Casou no exército com um sargento, mas ficou viúva.

Os portugueses deixaram a Bahia em 02 de julho de 1823; nesse dia comemoramos a "Independência da Bahia". Maria Quitéria foi agraciada pelo Imperador D. Pedro I com o título de "Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro". Voltou à sua terra natal e lá casou-se pela segunda vez com o seu antigo namorado , Gabriel Pereira de Brito e com ele teve uma filha chamada Luíza Maria da Conceição. Era uma mulher simpática e de sentimentos humanos.

Maria Quitéria foi uma combatente, a primeira mulher a participar de uma unidade. O prédio da Prefeitura de Feira de Santana leva o nome de Paço Municipal Maria Quitéria e tem no gabinete do prefeito um retrato da heroína pintado a óleo por Raimundo Oliveira.

Através de um decreto de Presidente Fernando Henrique Cardoso, Maria Quitéria é reconhecida como "Patrono do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro", uma das poucas divisões do Exército que aceitam integrantes do sexo feminino.

Em Feira de Santana há uma extensa avenida com o seu nome: Maria Quitéria, onde será implantado um monumento à sua pessoa. Além do Distrito de Maria Quitéria, onde nasceu, há também uma escola da rede estadual com o seu nome, uma premiação e uma comenda da Câmara Municipal: Comenda Maria Quitéria, que foi outorgada ao escritor Osvaldo de Sales Gonçalves, seu biógrafo, autor do livro "Honra e Glória a Maria Quitéria"; também no plenário da Câmara, possui uma estatueta da heroína, que se destacou nas lutas pela independência militar do Brasil.

A gloriosa heroína morreu em Salvador, em 21 de agosto de 1853, aos 61 anos de idade, pobre e cega, sem nenhuma assistência.

Que tristeza!!!

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